PERU
AMÉRICA DO SUL


A época ideal para visitar o Peru é entre Maio e Setembro, quando quase não chove e os dias são secos e soalheiros. É a melhor altura para caminhar nos Andes ou visitar Machu Picchu com boa visibilidade. Os meses de Junho e Julho são os mais concorridos.

A língua oficial é o castelhano, falado por quase todos. Mas o Peru é um país multicultural e tem outras línguas oficiais em zonas específicas, como o quíchua e o aimará, muito presentes nos Andes e no Altiplano. É comum ouvir vários idiomas nas zonas rurais.

Viajar pelo Peru é, no geral, seguro, sobretudo nas zonas turísticas mais conhecidas. Como em qualquer destino, convém ter atenção aos pertences em zonas movimentadas e evitar áreas isoladas à noite. Nas zonas turísticas, há boa presença policial e a população é, no geral, muito acolhedora.

O principal ponto de entrada no Peru é o aeroporto de Lima. A partir de Portugal, a viagem faz-se geralmente com escala em Madrid, Paris ou Amesterdão. O voo dura cerca de 14 a 16 horas. Há voos internos frequentes para destinos como Cusco ou Arequipa.

O fuso horário do Peru é UTC-5, sem mudança para horário de Verão. Portugal está 5 ou 6 horas à frente, consoante a época. Essa diferença sente-se nos primeiros dias, mas pode ajudar a começar cedo e aproveitar melhor as manhãs durante a viagem.

A moeda oficial utilizada no Peru é o sol (PEN). As notas vão de 10 a 200 soles e há moedas de 10, 20 e 50 cêntimos. Os multibancos funcionam bem nas cidades. Em mercados, transportes ou zonas mais remotas, o pagamento é quase sempre feito em dinheiro. Convém levar notas pequenas.

As tomadas no Peru são do tipo A, B e C, com corrente de 220V. As europeias de dois pinos (tipo C) funcionam em muitos sítios, mas nem sempre. Por isso, o melhor é levar um adaptador universal para não ter surpresas, sobretudo se fores usar carregadores ou secador.

O Peru tem uma história fascinante e muito rica, que remonta a milhares de anos antes da chegada dos europeus. Foi o berço de várias civilizações pré-colombianas importantes, como a de Caral – uma das mais antigas da América, com mais de 5 mil anos – e culturas como a Nazca, conhecida pelas suas misteriosas linhas desenhadas no deserto, a Moche, a Chavín e a Wari. No século XV, o território foi unificado pelo Império Inca, com capital em Cusco, que viria a tornar-se o maior império da América do Sul antes da chegada dos europeus. Os Incas construíram uma impressionante rede de estradas, cidades e sistemas agrícolas, com Machu Picchu como exemplo máximo da sua engenharia e visão. Em 1532, os espanhóis chegaram sob o comando de Francisco Pizarro, capturaram o imperador Atahualpa e iniciaram a conquista do território. Três anos depois, em 1535, Pizarro fundou a cidade de Lima, que se tornaria a capital do Vice-Reino do Peru e um dos principais centros administrativos e comerciais da América espanhola. Durante o período colonial, a sociedade foi profundamente transformada, com a introdução do cristianismo, da língua castelhana e de novas estruturas sociais e económicas. Após vários movimentos independentistas na América Latina, o Peru declarou a sua independência a 28 de Julho de 1821, proclamada pelo general argentino José de San Martín. A independência só foi consolidada em 1824, após a vitória de Simón Bolívar nas batalhas finais. Desde então, o país passou por períodos de instabilidade política, reformas e crescimento. Hoje, o Peru é uma nação que valoriza o seu legado indígena e colonial, com um património cultural e arqueológico de grande importância mundial, visível nas cidades históricas, nas tradições vivas e na diversidade do seu povo.